quarta-feira, outubro 12, 2005

Diário de viagem (Cuba) - parte 16





No dia 12, quinta-feira (o dia do charlie) acordei por volta das 9 horas,
liguei a televisao para saber as ultimas noticias acerca do charlie, a
sua chegada estava prevista para por volta das 20 horas e 30 minutos
da noite, estava previsto tambem que começasse a chuver por volta
das 14 horas da tarde, tomei banho, vesti-me e fui tomar o pequeno
almoço, o ambiente estava um pouco tenso, notava-se alguma
ansiedade e preocupaçao no rosto das pessoas, assim que terminei
o pequeno almoço passei no quarto e dirigi-me a praia, o tempo nao
estava mau, chegado a praia pude constatar que a mesma estava
com menos pessoas do que era habitual, alem disso estava la um
funcionario do hotel que por motivos de segurança nao deixava as
pessoas utilizarem as cadeiras de praia, naquele dia nao havia
cadeiras para ninguem, estendi a minha toalha na areia e fui dar um
mergulho, a agua para nao variar estava optima (mais ou menos 25/26
graus), por volta das 12horas e 30 minutos dirigi-me ao restaurante
habitual (“la laguna”) para almoçar, enquanto estava a almoçar reparei
numa imagem curiosa: os empregados do hotel alem de estarem a
retirar as mesas e as cadeiras das varandas dos quartos, estavam a
colocar fita adesiva em todas as janelas de vidro, acabei de almoçar e
regressei a praia, porque ao contrario do que tinham previsto (que iria
começar a chover por volta das 14 horas da tarde) o tempo ainda
estava bom, mas acabei por estar apenas um pouco na praia, uma vez
que estava ansioso por saber mais noticias do CHARLIE, e por isso
regressei ao quarto, eram aproximadamente 16 horas da tarde, estava
eu no quarto, quando fui informado pelos serviços do hotel que o
restaurante iria encerrar as 18 horas, e que por isso teria de ir buscar
comida ate essa hora, uma vez que depois das 19 horas nao se podia
sair dos quartos, e assim fiz, peguei na minha maquina fotografica
(porque queria tentar registar o fenomeno) e dirigi-me ao restaurante,
eram aproximadamente 17 horas, ao chegar la pude logo constatar
que existia uma grande confusao, as pessoas estavam algo nervosas,
so queriam abastecer-se de grandes quantidades de comida (que ia
desde as pizas ate as sandes, passando pela carne) e regressar
rapidamente aos quartos, os cozinheiros nao tinham maos a medir, o
caos estava instalado, apos pouco tempo de espera la peguei na
minha comidinha (umas sandes e uma piza) e sai do restaurante em
direcçao ao quarto (nao o meu, mas o de uns amigos), quarto esse,
que ao contrario do meu, estava situado junto a praia e era no segundo
andar, entretando a caminho do quarto pude verificar que o tempo ja
tinha mudado, o ceu estava a ficar com muitas nuvens e preparava-se
para começar a chover.
(continua)